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Copa do Mundo 1950

Dossiê 50 - Comício a favor dos Náufragos Documentário

O repórter foi em busca dos onze jogadores brasileiros que entraram em campo, no Maracanã, para enfrentar o Uruguai.
Foram mais de 14 horas de entrevistas, muitas pesquisas e depoimentos de quem tenta explicar o inexplicável.

O livro estará a venda a partir  de hoje nas principais lojas virtuais.
“Nunca fui repórter esportivo, mas sempre tive curiosidade sobre uma partida que entrou para a história como a mais dramática e mais inesperada derrota já sofrida pelo futebol brasileiro numa Copa do Mundo.

Quem nunca ouviu falar do celebérrimo naufrágio do Brasil diante do Uruguai na Copa de 50?”, relata o jornalista e escritor Geneton de Moraes Neto sobre o motivo de escrever o livro Dossiê 50.

E agora, 13 anos depois da primeira publicação, a obra ganha nova edição em e-book pela e-galáxia.
E foi por achar “os derrotados, os esquecidos, os renegados e os dissidentes mais interessantes do que os vitoriosos”, que Geneton pesquisou e entrevistou os 11 jogadores daquela seleção.

Era uma tarde quente de inverno no Rio de Janeiro, o Brasil só precisava empatar e se consagrar campeão mundial pela primeira vez.
Havia goleado, jogado bem, era favorito absoluto: seria campeão.

Então, o que deu errado?

Cada um tem a sua teoria.
A do dramaturgo Nelson Rodrigues é de que faltou medo.
Tem quem diga que foi uma conspiração.
Tem até quem não era nascido tentando mudar o passado.
Para o futebolês a explicação é que entramos de salto alto.

O fato é que perdemos.

O jogo – O Brasil fez um a zero no segundo tempo, diante de um estádio ensandecido de alegria.
O impossível, então, resolveu entrar em campo e o Uruguai fez o que nenhum outro, nem mesmo os próprios uruguaios, imaginariam, virar o jogo e vencer a “imbatível” Seleção Brasileira na sua casa, no templo máximo, no maior de todo o mundo: o Maracanã. O estádio ficou mudo. Ah, Ghiggia: você tinha de acertar aquele chute torto?

E para tentar responder e entender o contexto daquele 16 de julho de 1950, o jornalista colocou o pé na estrada e entre 1986 e 1987 fez uma expedição atrás dos protagonistas dessa tragédia esportiva.
São mais de 14 horas de entrevistas. “Pude ver que, por trás da derrota, escondiam-se dramas humanos: o estigma do naufrágio acompanharia os jogadores pelo resto da vida. Valia a pena ouvir a voz dos ‘renegados’”, conta Geneton.

Fim de uma história que nunca termina e que ressuscita fantasmas e medos de quem está prestes a sediar a próxima Copa, e que já tem definido o Maracanã como palco de uma nova final.
Em 1987, três décadas depois, Barbosa, Augusto, Danilo, Juvenal, Bauer, Bigode, Friaça, Zizinho, Ademir, Jair, Chico e o massagista Mário Américo voltaram ao palco daquela final a convite do jornalista Geneton de Moraes Neto.

Foi a primeira e última vez que isso aconteceu.


Juca Kfouri

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