20/10/2015 22:43
Gilberto Chierice afirma que Anvisa tem má vontade em aprovar substância que cura o Câncer
<< Gilberto Orivaldo Chierice, professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) afirma que conseguiu desenvolver uma substância que sinaliza as células cancerígenas facilitando ao organismo doente curar o câncer.
A droga chegou a ser fornecida gratuitamente pela USP de São Carlos, entretanto por portaria a Universidade proibiu a distribuição e o pedido de registro junto à Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O caso foi noticiado pelo portal G1 e pela EPTV. Pacientes e familiares de pacientes que já vinham se medicando entraram na Justiça para exigir a continuidade da distribuição das cápsulas. Gilberto Chierice disse que após ter procurado a ANVISA quatro vezes foi barrado por falta de dados clínicos. Ainda segundo Chierice, este argumento não é tão válido quanto devido ao fato de que existem muitos outros remédios no país que não dispõe dados clínicos suficientes. Entretanto, solicitou a Anvisa um Hospital Público onde pudesse realizar mais testes, e não obteve qualquer retorno da entidade.
Em entrevista á EPTV (regional Rede Globo), Gilberto Chierice detalhou alguns aspectos das substâncias que compõem o medicamento, disse que é a combinação muito comum, monoetanolamina, e ácido fosfórico, usado como conservante de alimentos. O medicamento agiria como uma espécie de “marcador” para as células doentes de forma a facilitar sua identificação pelo sistema imunológico e sua consequente eliminação. Neste tratamento que serviria para os mais diversos tipos de tumores, a quimioterapia não poderia ser utilizada porque o tratamento necessita que o sistema imunológico esteja intacto. Gilberto Orivaldo Chierice foi coordenador dos estudos com a fosfoetanolamina sintética por mais de 20 anos. Antes que fosse interrompida a produção pela USP, cerca de mil pessoas por mês eram beneficiadas pelo medicamento.
Contudo, afirma que para seguir as normas da ANVISA é necessário ainda concluir as três fases requeridas pela agência, mas que por má vontade, e falta de interesse do Governo, da própria Agência e da USP não lhe são dispostos os meios necessários. Ele diz que estuda a possibilidade de produzir o medicamento em outro país, porque nas suas palavras: “Beneficiar pessoas não é por bandeira. A humanidade precisa de alguém que faça alguma coisa para curar os seus males”.
Pacientes que usam a droga, familiares e advogados, afirmam que a substância, ainda que experimental, tem resultados eficazes no combate à doença. Eles relatam casos de cura e vêm apelando à Justiça para obter a droga, já que sem o registro junto à Anvisa não pode ser produzida e comercializada. Sua produção mesmo em baixa escala não alcança meros R$ 0,10. Valor tão irrisório, que leva todos os interessados a questionar a que ponto não são os grandes Laboratórios e seu lobby os responsáveis por tanto descaso da parte do Governo e das Agências e Instituições.
A polêmica está lançada e as discussões na internet proliferam.
<< Carlos Kennedy Witthoeft, u
m morador de Santa Catarina que produzia e distribuía a droga gratuitamente após ter sua mãe curada depois de seu uso, foi preso.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, emitiu parecer dizendo que a substância fosfoetanolamina sintética poderia vir a ser um importante medicamento utilizado para combate ao câncer, mas de acordo com o pesquisador Salvador Neto do Departamento de Química da USP, para que as pesquisas, os estudos e a produção da droga avançassem seria necessário ceder a patente a própria Fiocruz. E se não fosse aprovada, tal cessão impediria por completo o desenvolvimento das pesquisas e sua possível produção.
31 Agôsto 2015 EHRLE PIERI
https://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2015/08/ex-professor-da-usp-diz-que-possivel-cura-do-cancer-vem-sendo-negligenciada-pelo-governo-00534985.html
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MAIS DE 200 LIMINARES NA JUSTIÇA PELA CÁPSULA ANTI-CÂNCER DA USP-SÃO CARLOS
Fosfoetanolamina sintética é usada para combater o câncer, entenda como funciona. Gilberto Chierice ex-professor e pesquisador USPSC Gilberto Chierice ex-professor e pesquisador USPSC
A Universidade de São Paulo em São Carlos já recebeu mais de 20 novas decisões judiciais e tem produzido cápsulas suficientes para cumprir 200 liminares pedidas na Justiça para tratamento de câncer. Segundo advogada atuante no caso, segue aumentando a demanda por decisões na justiça.
O pesquisador e ex-professor Gilberto Chierice, que por 20 anos coordenou as pesquisas feitas com a fosfoetanolamina sintética na USP, tem recebido inúmeras consultas de pessoas em busca da substância, entretanto em recente entrevista a EPTV disse:
"As pessoas que me ligam ou que me pedem o remédio tenho que dizer que não posso fazer mais nada, porque não sou mais eu quem tem a posse desse remédio. Esse remédio só pode ser conseguido por via judicial, interpelado junto à universidade."
Na esteira da fama obtida por muita polêmica nas redes sociais, Gilberto disse ter recebido propostas de instituições da Europa e EUA para produção do remédio e tem sérias preocupações que o trabalho desenvolvido no Brasil escape por desinteresse de nossas autoridades.
Uma nova norma da USP impede a produção e distribuição sem o registro na Anvisa, mas a agência diz que o registro de um novo medicamento deve passar por testes clínicos.
A substância está presente no corpo humano
A substância pode significar mais chances na cura do câncer, pois imita a Fosfoetanolamina presente no corpo humano e sinaliza as células cancerosas para a remoção pelo sistema imunológico. Nos anos 90 a USP-SC sintetizou a substância em laboratório, através da combinação de dois compostos, a monoetanolamina usada em cosméticos e ácido fosfórico, um conservante comum. Depois que os testes em ratos mostraram eficiência ao regredir tumores sem prejudicar as células normais passaram a ser usadas em pacientes.
Estas pessoas relataram progressos significativos e mesmo o desaparecimento dos tumores, como o caso da mãe de Carlos Witthoeft, morador de Pomerode, Santa Catarina. Com 82 anos, sua mãe com câncer no útero, não poderia se submeter à quimioterapia devido à idade avançada e a um quadro clínico frágil, entretanto ele diz que em poucos dias usando a cápsula, já era clara sua melhora e em 2 meses estava curada. O tratamento com o este medicamento não é indicado para quem faz quimioterapia por necessitar que o sistema imunológico permaneça intacto.
Mas os resultados o motivaram a produzir e distribuir as cápsulas gratuitamente, e isto o levou após uma “denúncia” a ser preso e aumentar a polêmica que envolve o medicamento.
Entenda as fases para a aprovação
Para que uma substância se torne um medicamento contra o câncer deverá passar por várias fases de testes. Em laboratório, se denomina “in vitro”, após isto há a fase chamada “in vivo” que é quando se testa em ratos ou animais.
Passando por estas fases começa a ser estudado em seres humanos e há mais três fases, na primeira fase, doses baixas são administradas para avaliar efeitos tóxicos, e são continuamente aumentadas até se descobrir à dose certa para as pesquisas. Na fase 2, o medicamento é dado para voluntários em doses iguais para medir sua eficácia. E por fim na fase 3 confronta-se a substância com outras já disponíveis.
Então a nova substância está apta para sua aprovação e pode se tornar um medicamento. No Brasil a ANVISA é a responsável.
Chierice e os pesquisadores da USP-São Carlos já afirmaram que a substância foi testada em um hospital em Jaú, mas que se faz necessário uma nova unidade de saúde para concluir o estudo e entregá-lo à Anvisa.
09 Setembro 2015 EHRLE PIERI
https://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2015/09/mais-de-200-liminares-na-justica-pela-capsula-anti-cancer-da-usp-sao-carlos-00551041.html