Como ouvir a sua intuição

26/09/2015 16:47
 

Como ouvir a sua intuição?: Acalme a mente e dê chance para a sabedoria intuitiva vir a tona    

 
Muitas pessoas me procuram para perguntar como despertar a intuição.
Na verdade, não se faz necessário despertar a intuição, ela é parte integral de sua vida; o problema é que por alguns motivos você não consegue acessá-la e quando o faz, não dá valor para suas mensagens.
Existem aqueles que dizem que você precisa fazer isso ou aquilo, usam rituais milagrosos, poções encantadas, ou sugere exercícios miraculosos, sejamos práticos: isso não funciona.
 
Primeiro, precisamos entender o que é realmente intuição, ou o sexto sentido, como muita gente costuma chamar.
Intuição é a ligação do sistema SRM do sistema cerebral, é quando em algum momento é criado uma ponte de ligação entre algumas áreas do hemisfério direito e o hemisfério esquerdo do cérebro. Quando isso ocorre seu senso de percepção ao sútil cresce de forma incrível.
 
Dessa maneira, você consegue de forma mais apurada entender os mecanismos que estão ao seu lado e, então, recebe informações especiais em sua mente. O grande problema é que o cérebro racional ainda esta ativo e você recebe duas informações:
 
1. as informações do cérebro consciente, que em geral são gritadas, a mente é assim mesmo, ela grita, impõe, manda.
2. Já as informações intuitivas são sussurradas , com calma e paz, tranquilidade e equilíbrio.
 
Daí reside o problema:
Imagine você por exemplo em meio a uma multidão, dentro de um shopping, aquele falatório, crianças gritando, o vai e vem das pessoas ( essa é sua mente ) , de repente ao longe, alguém começa a falar contigo, sussurra, é possível que você escute algo?
Certamente não!
 
Por isso, para se ouvir as mensagens intuitivas, faz-se necessário acalmar a mente, esse é um dos propósitos da meditação.
Grandes mestres têm acesso à intuição pelo simples fato de conseguirem acalmar a mente.
 
Veja Móises que ficou dias no Monte Sinai, ou Jesus que saiu para o deserto para meditar e mesmo Budha em sua peregrinação.
Você certamente já recebeu mensagens meditativas, mas ao invés de ouvi-las, deu razão as que gritavam, e num determinado momento disse:
- Eu devia ter ouvido aquela voz.
 
Isso é comum, e muito mais comum nas mulheres, que geralmente ligam o sistema intuitivo de forma mais frequente, pela própria arquitetura de seu conjunto cerebral.
Você vai me dizer:
- Ah Dr. Paulo, mas então não tem nada de sobrenatural, místico , espiritual na intuição?
 
Seria um absurdo eu descartar essas qualidades, é claro que quando os hemisférios compartilham e criam a intuição, nossa percepção ganha um novo sentido, e podemos vislumbrar coisas refinadas, tem pessoas que interpretam coisas que irão acontecer, outras determinam melhores caminhos a tomar, tem indivíduos que se ligam ao plano sutil vibratório, a espiritualidade e assim por diante.
 
O famoso sexto sentido é ativado.
Mas será que para isso precisamos de rituais, regras e métodos?
Para alguns sim, mas para outros o simples fato de silenciar a mente, abrir os olhos de forma especial, já auxilia de forma impactante.
 
Eu pessoalmente quando necessito da intuição, tento relaxar, usar um som suave de natureza, me concentro, respiro, ou senão tomo um banho relaxante, que é justamente nesses momentos que meus insights e mensagens são apercebidas.
 
Vale a pena você tentar.
Acalmar a mente e dar chance a sutil sabedoria intuitiva vir a tona, ela poderá auxiliar você a tomar decisões mais acertadas, a compreender melhor a própria existência.
 
Eu desejo sucesso em sua prática.
 
Fonte: Dr.Paulo Valzacchi, biomédico, professor, conferencista, mais de 5 livros editados, possui mais de 50 CDs de crescimento pessoal - autor da série subliminar e Brainwave Pioneiro no Brasil. Especialista em saude emocional. 
E-mail: paulo@cebinet.com.br

O Poder da Intuição

 

Acreditamos que a intuição possa ser considerada como uma espécie de inteligência superior, fruto dos nossos conhecimentos acumulados, ainda que não tenhamos consciência deles. É uma manifestação da nossa “alma”, reflexo da Inteligência Divina que habita em nós. Por isso, transcende os limites da razão.
 
Mediunicamente considerada, é uma espécie de inspiração que os espíritos nos dão, captada psiquicamente, muitas vezes sem que nos damos conta. É algo que deveríamos utilizar com mais frequência, mas, na maioria das vezes, não conseguimos captar as mensagens que nossos guias ou amigos espirituais nos enviam, constantemente, com a intenção de nos auxiliar.
 
Se soubéssemos utilizar a intuição poderíamos resolver muitos problemas que nos afligem no dia-a-dia. Mas o problema maior é que, normalmente, pedimos ajuda espiritual em momento de aflição, e dessa forma, não conseguimos captar a inspiração com clareza.
 
No livro O Despertar da Intuição – Desenvolvendo o seu Sexto Sentido, do escritor e médium americano, James Van Praagh, ele explica que “intuição é uma sensação de saber, e isso vem de dentro. Essa sensação é espontânea, não é racional. Se você se esforçar muito para usar sua intuição, impedirá o processo. Em outras palavras: intuição não é uma coisa que você possa fazer acontecer. Ela simplesmente acontece. Você pode aprender a perceber quando ela ocorre. A intuição acontece quando nossas mentes estão relaxadas e não concentradas em um determinada tarefa”.
 
Precisamos estar com a mente tranquila e harmoniosa com o Alto para que possamos ter a intuição. Caso contrário, nossa sintonia estará vibrando em baixa frequência, sendo assim, a única intuição que receberemos é da espiritualidade das trevas ou de quem nos queira prejudicar.
 
A intuição em ambiente harmonioso é tão importante que escritores, compositores, pintores etc, somente conseguem exercer sua arte em lugares onde há tranquilidade e que possam trabalhar aproveitando sua intuição da melhor maneira possível.
 
Mas, como saber se a intuição é fruto da inspiração de um espírito ou de nossa própria mente? Van Praagh escreve que “para fazer contato com esse tipo de conhecimento, é preciso começar estabelecendo um relacionamento íntimo com você. Quanto mais compreender suas próprias razões, idéias e crenças, mais fácil se tornará separar o que é seu daquilo que é dos espíritos”.
Inspiração dos espíritos
 
Certa vez, uma amiga médium me disse que meu pai iria manter contato comigo. Ele já havia desencarnado há anos. Mas ela afirmou que ele faria contato em breve. Certo dia, minha esposa trouxe as correspondências para mim e o que nos espantou foi que, em uma delas, o destinatário estava no nome de meu pai. Ficamos espantados. Como aquilo havia acontecido? Lembrei-me que havia preenchido um cadastro em uma loja, com os meus dados e também o nome de meus pais. O impressionante é que ao invés da loja enviar a correspondência em meu nome, enviou no de meu pai. O que isto quer dizer? Que a médium, minha amiga, estava certa? Também! Mas meu pai quis me alertar que ele estava ao meu lado, para eu ficar atento, pois estava me inspirando no dia-a-dia. 
 
Às vezes, um ente querido ou um amigo já desencarnado nos envia uma mensagem similar, mas como estamos preocupados com nossos problemas, deixamos de captar o que poderia ser a solução de uma aflição. Van Praagh explica que “no nível mental, a intuição costuma manifestar-se em forma de imagens (…) Os inventores afirmam que suas invenções lhes chegam por devaneios, sonhos noturnos ou quando não estão concentrados nos problemas (…) Executivos com altos cargos administrativos costumam dizer que tiveram uma ‘sensação visceral’ ao tomar certa decisão (…) A capacidade de saber intuitivamente o que vai dar certo aumenta a possibilidade de sucesso de uma pessoa nos negócios”.
 
Confiando na voz interior
 
Isto explica alguma intuição que a pessoa tem e é considerada maluca, pois os outros acham absurda aquela idéia. Porém, a pessoa deverá se manter firme em sua convicção, afinal a intuição lhe mostrou uma imagem, o que dá a certeza de estar fazendo a coisa certa. Essa passagem me lembra Juscelino Kubitcheck. Quando idealizou Brasília, ele seguiu sua intuição e colocou em prática um projeto audacioso. Se ele não seguisse sua intuição, a imagem daquela cidade no planalto central não passaria de mera imagem.
 
Comecei a praticar as técnicas descritas na obra de James Van Praagh, afinal, os pequenos detalhes fazem a diferença. Assim, dia desses, quando voltava de carro de uma viagem a trabalho no norte de Goiás, pegando a BR 153, fiquei na dúvida se seguiria para Goiânia (onde poderia continuar a trabalhar) ou voltaria para Brasília, onde moro. Em determinado ponto da estrada, pedi auxílio aos meus guias espirituais que pudessem me inspirar o que seria melhor para mim. Estava chegando a um trevo onde seguir reto seria tomar um caminho logo à frente para Brasília ou virar a direita era ir para Goiânia. 
 
Quando mentalizava ao Alto pedindo uma intuição, uma viatura da polícia rodoviária veio na contramão em minha direção. Achei aquilo estranho. Quando a viatura chegou no trevo, parou. Perguntei se não podia seguir” e o policial respondeu: “Só se for para Goiânia” – apontando a estrada a minha direita, pois havia acontecido um acidente na outra estrada. Fiquei pasmo ao ouvir aquilo. Muitas pessoas vão dizer que é coincidência, mas não acredito em coincidências e penso que nada acontece por acaso. Segui viagem para Goiânia pensando no acontecido. Acabei fechando bons negócios naquela cidade. Neste caso soube ouvir e seguir a minha intuição.
 
James Van Praagh escreve que “a intuição também deve estar integrada ao intelecto para podermos traduzir as informações enviadas por ela. Médicos que passaram anos na faculdade sabem que combinar seu conhecimento médico com a intuição é a melhor forma de diagnosticar problemas difíceis de serem identificados por meios convencionais”.
 
Sendo assim, não basta pedir, temos que fazer a nossa parte. Para que a intuição funcione precisamos ter fé. Não adianta você pedir para ser inspirado em algo, se no fundo não acredita que seja possível. É a mesma coisa de orar sem fé, ou seja, o pedido é em vão. “Só é possível desenvolver a percepção mediúnica com que você nasceu através da prática e com persistência. É um processo de sintonia em que o instrumento é seu próprio sexto sentido”, finaliza Van Praagh.
 
Fonte: www.rcespiritismo.com.br

As faces da intuição

 
Segundo Bergson, "todo filosofar irrompe de uma intuição". Assim, o discurso lógico, místico ou criativo têm como alicerce esse fenômeno que aparentemente está para além da racionalidade.
 
Intuição é um termo controverso no seio da Filosofia, pois serve tanto às interpretações do senso comum quanto ao pensamento culto. De um lado, é entendido como uma antevisão ou uma presciência, de outro, como um método filosófico ou uma faculdade de conhecimento. Contudo, filosofar é um exercício e os que desejam praticá-lo não podem abrir mão da intuição.
 
A Filosofia a define como o processo de apreensão racional não discursivo de um fenômeno. Aqui surge um problema de difícil resolução, pois a intuição, em si mesma, não é um fenômeno racional. A rigor ela é sem explicação. Toda explicação precisa de uma causalidade, o que não é o caso da intuição. Ela situa-se além da inteligência, que lida com as coisas palpáveis, materiais, e segue na direção da ciência e da tecnicidade, enquanto a intuição volta a sua atenção para o próprio espírito, não se afastando da simplicidade da experiência em que se manifesta.
 
A intuição e a inteligência são duas faculdades intelectuais distintas. A primeira é muitas vezes confundida com a expressão de um sentimento, sendo-lhe negado o caráter intelectual que é próprio da inteligência. Para o filósofo francês Henri Bergson (1994), embora elas não sejam a mesma coisa, a intuição não se comunicará senão pela inteligência. Sendo a inteligência e a intuição faculdades mentais distintas, podemos afirmar que a primeira comunica uma verdade que a segunda enxergou. E é disso que se trata: a intuição apenas vê o que será elaborado discursivamente com a contribuição da lógica.
 
POR MARCIO SALGADO*

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