Relatório da CNV é 'ilegal', 'parcial' e 'revanchista', diz presidente do Clube Naval

19/12/2014 00:45
 
"Ilegal", "parcial", "fantasioso" e "revanchista". Esses foram os adjetivos usados pelo vice-almirante reformado Paulo Frederico Soriano Dobbin, presidente do Clube Naval, um dos três principais clubes militares do país, para descrever o relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
 
Em entrevista à BBC Brasil, Paulo Frederico Dobbin alegou que 'crimes praticados por guerrilheiros não foram apurados'
 
Dobbin afirmou que alguns militares foram surpreendidos ao ver seus nomes na lista de 377 pessoas acusadas por crimes durante o regime militar. Os acusados alegam que nenhum deles foi avisado com antecedência que teria sua identidade tornada pública.
 
"Alguns (militares) já estão me telefonando. (A publicação dos nomes sem aviso prévio) vem ao encontro do comportamento dessa comissão que na nossa visão é algo absolutamente ilegal", afirmou ele.
"O relatório final é (um documento) tomado pelo revanchismo, mas agora eles vão ter que convencer a sociedade dentro dos parâmetros legais".
 
Segundo Dobbin, a investigação não traz provas concretas ou materiais suficientes para condenar as pessoas citadas na lista por meio da Justiça comum. Ele alega que o conteúdo do relatório se basearia apenas em depoimentos de testemunhas.
 
Os membros da CNV, no entanto, acusaram diversas vezes as Forças Armadas de dificultar o trabalho de obtenção de provas dos abusos de direitos humanos praticados durante a ditadura.
 
O vice-almirante descartou qualquer mobilização nos meios militares por causa do relatório e afirmou que a resposta será judicial. Uma ação já iniciada pelos clubes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica já corre na Justiça Federal desde outubro.
 
O objetivo do processo é que a Justiça considere o relatório ilegal. Um dos argumentos é que a CNV foi criada para investigar o período entre 1946 e 1988, mas se focou apenas nos anos entre 1964 (data do golpe militar) e 1988 (data da atual Constituição).
 
Outra queixa é a de que apenas os crimes cometidos pelos agentes do Estado foram apurados e os abusos cometidos por guerrilheiros não foram apurados.
 
Os clubes militares tentaram até a noite de terça-feira impedir a divulgação do relatório – por meio de um pedido de antecipação de tutela. Ou seja, pediram à Justiça que a ação proposta em outubro fosse julgada antes da divulgação do relatório. O pedido, no entanto, foi negado.
 
Dobbin disse que ainda é impossível saber os resultados tanto dessa ação quanto a eventuais processos na Justiça que se baseiem no relatório para condenar militares apesar da Lei de Anistia.
 
Uma das principais recomendações do relatório é que as pessoas ainda vivas (cerca de 200) que constem na lista dos autores de graves violações de direitos humanos sejam investigadas, processadas e julgadas.
 
"Se julgarem, tudo bem, mas não vejo nada de concreto para condenações."
Ele disse, porém, que entre alguns militares reformados há um clima de preocupação.
 
Militares da ativa ouvidos sob anonimato pela BBC Brasil também compartilharam a sensação de apreensão. Porém, eles disseram acreditar que a Presidência não irá se indispor com setores militares em meio ao cenário político de fortalecimento da oposição e escândalos de corrupção.
 
Luis Kawaguti da BBC Brasil em Londres 10 dezembro 2014
https://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141210_reacao_presidente_clube_naval_lk_lgb
 
Ler: sessão solene sobre "golpe" tem confusão na entrada e performance de Bolsonaro (que rouba a cena).
 
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Toda moeda tem dois lados! O chavão é antigo mais ainda vale.

CNV - Uma Comissão (termo aplicado e aproveitado ao pé da letra pela atual situação) política que só apura o que lhe convém, não pode ter crédito, principalmente jogando para baixo do tapete, roubos, seqüestros, torturas, assassinatos e outros crimes praticados pelos militantes da época e atuais dirigentes, que não foram apurados. E mais, colocando dinheiro público (nosso dinheiro) nas mãos daqueles que sempre andaram na contramão dos interesses da Nação.

Nada aconteceu por acaso. Não tem Santinho nessa história, ninguém foi preso por nada. Estávamos em guerra!

Quem viveu o antigo regime militar sem envolvimento com grupos desordeiros (terroristas) que só pretendiam desestabilizar a ordem no país com interesses escusos pessoais, com certeza não tiveram nenhum tipo de problema.

Portanto, antes de emitir um pensamento desconhecendo a verdadeira história, será no mínimo precipitado e inconseqüente.

Não devemos emitir opiniões de terceiros, baseados em informação por somente uma das partes, vamos conhecer o outro lado, vamos pesquisar e conhecer a verdadeira história!

Pesquisar a vida pregressa dos atuais dirigentes torna-se obrigação, para que possamos emitir a nossa própria opinião e conhecer os fatos como eles ocorreram realmente.

Vamos pesquisar também o Currículo Profissional dos mesmos, vamos apurar quais tipos de ocupação exerceram durante todos esses anos, onde estiveram, o que aprenderam e o que praticaram.

A partir daí sim, estaremos aptos a emitir a nossa verdadeira opinião e não aquela que querem nos enfiar goela adentro por elementos fanatizados politicamente e interessados em tirar proveitos pessoais da situação, como podemos constatar por fatos que estão na mídia, só não vê quem não quer. O fanatismo parece seduzir e cegar.

A opinião de quem vivenciou o país durante todo o Regime Militar sem problemas, com Educação de 1ª linha, Segurança, Saúde, Transporte, etc. Não pode concordar com esta tendenciosa Comissão.

E agora como anda agora nossa Saúde? Nossa Segurança? Nossa Economia? Nossos Parlamentares? (Nossos Estádios ou Arenas estão muito bem, obrigado!).

Portanto, antes da presunção de julgar os militares "última Reserva Moral deste país", país que neste momento exibe para o mundo a sua vergonhosa história de desrespeito as Leis e a própria CONSTITUIÇÃO ignorada, vulgarizada e rasgada. Vamos rever a vida pregressa desses atuais dirigentes do Governo, o mais corrupto e incompetente da história do Brasil que pretendem desviar a atenção do povo, para que não permaneçam na mídia acompanhando os escândalos denunciados até agora e que provavelmente e futuramente serão muito maiores!

Desde que o atual governo permita a investigação. Cuidado, a Mordaça vem aí!

Vamos pesquisar e analisar com toda a isenção a Verdadeira História, os Fatos como realmente ocorreram e não baseados em interesses próprios, na desinformação e no ACHISMO.

 

© NJC

Leia "O Legado do Governo Militar" >>  https://comdisponibilidade.webnode.com.br/news/o-legado-do-governo-militar/

 

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